segunda-feira, 25 de abril de 2011


INTRODUÇÃO A FITOTERAPIA

1.1 Manipulações principais

1.1 Chás: pode-se preparar por infusão, decocção ou maceração.

1.2 Infusão: é quando colocamos as ervas em contato com a água fervente. É Indicado para folhas e flores, podendo-se despejar a água fervente sobre as plantas provocando uma escaldação ou coloca-se as ervas dentro da chaleira quando esta começar a ferver e desliga-se o fogo. Não se recomenda colocar as ervas aromáticas na água fria para ir ao fogo pois os princípios ativos volatizam e o chá fica com gosto de lavado; após 20 minutos de infusão coa-se e o chá esta pronto para beber. A quantidade de erva usada será de 3 a 4 punhados por litro de água ou 10 a 50g por L/d'àgua para ervas verdes e de 10 a 20g de ervas secas por L/d'àgua.

1.3 Decocção: as plantas são colocadas na água fria e levadas ao fogo para ferver de 5 a 15 minutos ou mais para em seguida deixar descansar e.beber após ser coado. É indicado para plantas com partes duras como raízes, cascas, sementes, frutos etc. São plantas que não tem problemas de volatizar os óleos aromáticos e que necessitam ferver para liberar ' seus princípios ativos. A dosagem é 10 a 20g para cada litro d’água se for em pó seco ou de 30 a 50g se for planta in natura para cada litro d'àgua, ou ainda 3 a 5 pedaços de 1 palmo mais ou menos p/l L/d 'àgua.
Sendo que para o uso externo prepara-se um chá de até 3 vezes mais forte do que o de uso interno.
Quando preparamos um chá composto que contém raízes, folhas e flores devem-se primeiro preparar a decocção ou fervura das raízes quando a água parou a fervura adiciona-se as folhas e por último entram as flores que são as mais sensíveis. Deixar descansar coar e beber. Nunca se deve adoçar um chá medicinal com açúcar, seja branco ou mascavo, pois ficam alteradas as propriedades e o organismo não assimilará adequadamente. Somente o chá pulmonar pode ser adoçado com mel de modo a complementar as propriedades.

1.4 Maceração: é uma preparação a frio onde se colocam as planta indicadas de molho na água e deixa-se descansar pode ser 1 hora, 3 ou 4 horas, ou 12 horas até 24 horas.
É indicado para raízes amargas, cascas, folhas sensíveis que soltam as propriedades sem necessitar o aquecimento evitando perder o medicamento. Usa-se para pétalas de flores, rosas, frutos, de preferência as plantas verdes recém colhidas, machucadas, e adicionadas em água natural, mineral ou filtrada. A dosagem é 0,5 a 1.0g por copo de água ou 1 punhado pequeno por cada copo. Muitas plantas tóxicas necessitam dessa preparação para diminuir a toxidade.

1.5 Suco verde: é a forma de assimilação mais importante que conhecemos, sendo considerado o ELIXIR DA LONGA VIDA. O suco verde é feito na hora com plantas frescas colhidas na horta e no herbário. Usam-se as plantas indicadas para o problema que vamos tratar. Pode ser digestivo, pulmonar, vermes, anemia, depurativo ou qualquer outro. Misturam-se verduras ou hortaliças como couve, almeirão, salsa agrião, espinafre com as ervas medicinais do tipo, hortelã, poejo, tanchagem, alfavaca e qualquer outra e mais a folha da batata doce que contém o substrato especial para o suco verde. Depois de colhidas e lavadas bate-se no liquidificador ou num pilão de madeira até extrair o sumo adiciona-se água natural, coa-se e bebe-se 1 copo de manhã em jejum. Pode-se temperar com mel e limão o qual auxilia a assimilação do ferro e outros minerais. A importância do suco verde está na semelhança das cadeias moleculares da clorofila vegetal com a hemoglobina do sangue e por isso a sua assimilação pelo organismo se dá por via direta sem desgaste de energia, purificando, rejuvenescendo e curando todas as nossas enfermidades além de conter a cor verde que é a manifestação da cura em todos os planos de energia. O segredo está em usar as plantas que dispomos em nosso quintal que são as que com certeza necessitamos para nos curar. Pois a planta que nasce na nossa porta e o remédio que a mãe natureza esta nos doando com amor.

1.6 Tinturas: são extratos de ervas que preparados usando-se por base o álcool de cereais se for para o uso interno ou álcool comum para o uso externo. Pegam-se as planta indicadas, pode ser folhas, flores, casca ou raízes, pode também ser verde ou seca e coloca-se em um vidro até a borda e em seguida adiciona-se o álcool até cobrir tudo se fecha com uma tampa hermética para evitar a evaporação do álcool, após 15 dias estará pronto para ser usado, não necessita ser coado permitindo que a extração continue indeterminadamente. Somente coa-se quando for passado a outro recipiente, com conta gotas para ser usado por um paciente. A dosagem para adultos é 15 a 20 gotas e para crianças é 5 a 10 gotas, uma a três vezes por dia. É recomendado o uso quando se quer que os seus princípios ativos atinjam o mais rápido possível o órgão afetado, pois a absorção da tintura se dá imediatamente nas mucosas da boca passando à corrente sanguínea. É importante a etiquetação com nome, data e propriedades. Todas as plantas que cultivamos deveriam ter tinturas para que na época que a planta não esteje disponível tenhamos a tintura para usar.

1.7 Garrafadas: são técnicas antigas dos raizeiros do interior; consiste em deixar as ervas em maceração em um vinho de boa qualidade, branco ou tinto preferencialmente seco. Usam-se raízes, talos, cascas e também folhas, flores e frutos, sempre bem machucados adicionados dentro da garrafa de vinho. É muito indicado para extração de princípios ativos das plantas do tipo: velame, perdiz, carobinha, quina etc. o tempo de maceração é de no mínimo um semana a 15 dias se adicionar mais vinho se a primeira garrafa acabar logo. As garrafadas mais comuns são depurativas do sangue, aperiente, reumatismo, problemas sexuais, contra anemia etc. Podem-se fazer garrafadas com conhaque ou pinga. A dosagem da garrafada de vinho é 1 a 2 cálices por dia.

1.8 Banhos de ervas: Os banhos de ervas são usados para banhar o corpo inteiro e trazem consigo energia de limpeza e purificação, devolvendo a lucidez e livrando do estresse produzido por preocupações e atividades do dia-dia. As ervas possuem propriedades mágicas, espíritos vegetais fortes que tem o poder de libertar das energias negativas, dores e sofrimentos. Os banhos podem ser de limpeza ou descarrego e de proteção. Os banhos de descarrego são indicados para casos de vícios fortes embriagues, jogo, dores de cabeça e doenças sem causas e explicações aparentes. Para acelerar o efeito dos banhos deve-se usar sal grosso, não é recomendado para crianças. Após o banho deve-se lavar o chão para limpar o ambiente. A preparação do banho é a seguinte. Em uma panela grande com tampa, coloca-se no fogo e adicionam-se em seguida as plantas escolhidas, no momento que começar a fervura deve-se mexer bem e retirar do fogo para realizar a infusão durante 20 minutos. Após isso realizar o banho diluindo com água fria até alcançar uma temperatura suportável, com uma caneca ou cuia, vai se despejando em todos os órgãos do corpo e se regozijando para relaxar e descarregaras tensões. Pode-se preparar também um banho a frio machucando-se as folhas das plantas em uma bacia de água até que fique a essência na água, quando estará pronto para se usar. Deve-se lembrar que todo banho é também um batismo, que vai lavar o corpo e a alma e rejuvenescer nosso ser.

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